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ROSA RAMALHO
Rosa Barbosa Lopes, 1888 – 1977 Galegos, Concelho de Barcelos. Filha de Luís Lopes, sapateiro, e de Emília Barbosa, tecedeira.
Aos 18 anos, casou com António Mota, moleiro de profissão, e teve oito filhos (três morreram à nascença). Durante os anos que esteve casada, Rosa passou a dedicar-se ao mesmo ofício do marido. Com a morte do seu marido, em 1956, tinha 68 anos, abandonou a profissão de moleira. Volta a trabalhar no barro, material que a acompanhou até ao final da sua vida.
Começou a frequentar feiras e romarias, onde escoava facilmente os seus trabalhos, espalhadas por todo o país mas, principalmente, pela zona do Porto. A sua presença nas feiras conduziu ao reconhecimento público do seu trabalho, que rapidamente passou a ser divulgado na imprensa. As peças modeladas retratavam cenas do quotidiano popular como: a matança do porco, mulheres em carros de bois, pombas e músicos, assim como, peças inspiradas no mundo místico das procissões, santos e anjos. Para além destas, produziu uma vasta obra imbuída de um universo que, enquanto criança, a perturbava – “o mundo dos monstros”. Lobisomens, feiticeiras, diabos, bichos informes, entre outras figuras, marcaram um imaginário enigmático e original. Esta vertente da sua obra, fantasmagórica e inimaginável, distinguiu-a de tantos outros barristas desta região, dando-lhe reconhecimento público.
Fez inúmeras exposições em Portugal e no estrangeiro. É possível destacar duas distinções que recebeu enquanto artesã: Medalha “As Artes ao Serviço da Nação”, na Feira de Artesanato de Cascais (1964); Prémio do melhor conjunto de Figurado, no Concurso de Artesanato realizado em Barcelos (1964).
FICHA TÉCNICA
FOTOGRAFIA
Renato Cruz Santos
SOM
Excertos sonoros Documentário sobre Rosa Ramalho
EDIÇÃO
Carolina Luz
REVISÃO DE CONTEÚDOS
Helena César
DESIGN E WEBSITE
Studio Macedo Cannatà & Queo