Calibã e a Bruxa, editado pela Orfeu Negro é um ensaio centrado na transição do feudalismo para o capitalismo e na concomitante caça às bruxas e expansão colonial, descreve-nos uma longa história de exploração e resistência. A partir de uma vasta pesquisa iconográfica e documental, Silvia Federici revela como o despontar do capitalismo exigiu um ataque genocida às mulheres, a aniquilação das revoltas camponesas, o tráfico de escravos e a expropriação de terras e saberes comuns. Uma obra incontornável, dedicada aos corpos rebeldes dos subalternos – aqui personificados pelas figuras de Calibã e da Bruxa –, cujas vozes continuam a ressoar nos protestos contra a violência original ainda em curso.