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António Bolota by André Romão and Bruno Cidra
António Bolota by André Romão and Bruno Cidra
Não exageramos se dissermos que António Bolota é um dos maiores responsáveis pela dinâmica que Lisboa conheceu nas últimas décadas no que ao aparecimento de ateliês e espaços de exposição independentes diz respeito. Para defender esse argumento, basta dizer que Bolota foi o impulsionador do chamado Avenida 211, um edifício devoluto, plantado na margem esquerda da Avenida da Liberdade, que albergou, durante anos, dezenas de ateliês de artistas e onde foram fundados projetos expositivos determinantes para a renovação cultural da cidade, como sejam a Kunsthalle Lissabon, o Barbershop ou o Parkour.
A disponibilidade e a energia investidas por António Bolota nesta faceta da sua atividade fizeram dele uma figura transversal na comunidade dos seus pares e alguém que contacta intensamente com um número muito significativo e diversificado de artistas. Por seu lado, estes artistas conhecem intimamente o trabalho de Bolota – viram-no surgir, discutiram-no, experienciaram-no e mantêm com ele um diálogo que se amplia e intensifica à medida que o tempo avança. O que propomos com estas sessões é a tradução dessa multiplicidade de perspetivas: um conjunto de depoimentos concisos e contundentes a abrir o campo de receção da obra de António Bolota. Para a primeira destas duas sessões, contamos com a participação dos artistas André Romão (Lisboa, 1984) e Bruno Cidra (Lisboa, 1982).
André Romão
(Lisboa, 1984)
Vive em Lisboa, trabalha com escultura e poemas.
Bruno Cidra
(Lisboa,1982)
É licenciado em Escultura pela Faculdade de Belas Artes de
Lisboa e expõe com regularidade desde 2006. O seu trabalho parte da síntese entre
Escultura e Desenho. As suas esculturas exploram a tensão e diálogo de
materialidades opostas e valores afetos a cada disciplina, como resistência e
fragilidade, peso e leveza, permanência e efemeridade.