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PEDRA
PEDRA
PEDRA é um projeto de dança contemporânea, realizado entre janeiro e abril, destinado a jovens entre os 15 e os 18 anos, com ou sem experiência artística.
Teve como ponto de partida o convite à participação de um coreógrafo nacional de renome que dispunha de um repertório que pudesse ser descoberto por esse grupo. O processo foi desenvolvido em simultâneo em três cidades, num regime de cocriação entre os participantes e um coreógrafo local, com o acompanhamento do coreógrafo convidado. A escolha do repertório foi livre ainda que limitada ao trabalho que o coreógrafo convidado privilegiou. O programa termina com a apresentação de um exercício a partir da interpretação, leitura e fruição desse repertório.
O projeto é coproduzido pela Culturgest, pelo Teatro Municipal do Porto e pelo Teatro Viriato e terá três edições. Em cada cidade, será selecionado um grupo de participantes e anualmente uma das estruturas é também anfitriã.
Para esta primeira edição, a coreógrafa convidada foi Clara Andermatt e a cidade anfitriã é o Porto. Os três trabalhos serão apresentados no Teatro Municipal do Porto a 5 de maio, no âmbito do Festival DDD – Dias da Dança 2018.
20 APR 2018
FRI 18:30
21 APR 2018
SAT 18:30
Free entry
Duration 30 minutes
M/6
Apresentações dos outros grupos:
Teatro Viriato (Viseu)
SEX 20 ABRIL · 15h e 21h30
www.teatroviriato.com
Auditório do Teatro Campo Alegre (Porto)
SEX 4 MAIO · 15h
www.festivalddd.com
Apresentação dos 3 grupos:
Auditório do Teatro Campo Alegre (Porto)
SÁB 5 MAIO · 19h
www.festivalddd.com
* Levantamento de bilhete 1h antes da apresentação, no limite dos lugares disponíveis.
Máximo por pessoa 2 bilhetes.
Mais sobre P.E.D.R.A.
"Revisitar obras passadas faz-nos ir ao encontro de nós próprios, diretos às memórias, aos conceitos, aos estados que perduram e continuam a ressoar, e a outros que olhamos com distância e ternura porque pertencem a um lugar que entretanto se transformou.
Neste projeto o fundamental é conseguir dar a conhecer aos coreógrafos e aos participantes envolvidos, as razões, os conceitos, a miríade de ingredientes de uma parcela do meu trabalho; consciente que a forma de passar essa informação ainda está em fase de descoberta...
A peça escolhida como objeto de estudo chama-se So Solo, uma peça criada para ser dançada por mim.
A tarefa não é fácil, porque são vários grupos, em espaços geográficos distintos e a carga horária de trabalho é reduzida. Mas é um exercício que me obriga a sintetizar, a encontrar o alicerce desta arquitetura, a identificar o que é essencial partilhar e fazer experienciar.
Fazemos parte da edição zero deste projeto, e sinto que é à medida que o vou vivenciando e sendo confrontada com as questões e problemáticas que surgem, que vou encontrando a melhor forma de o concretizar. Partilhar com os coreógrafos e com os jovens o meu universo e o meu pensamento criativo.
Faço parte de uma engrenagem que vai rodando em torno de um eixo que sou eu, mas que se expande nos outros como matéria de exploração criativa.
Estou lá e ao mesmo tempo não estou. Apareço e desapareço na expetativa de que no fim se descubra algo sobre a criação, sobre a história e sobre nós próprios."
Clara Andermatt
"Neste exercício coletivo, trabalhamos a partir de So Solo de Clara Andermatt com incursões e desdobramentos por uma parte do seu corpo de trabalho. Partindo dos desejos e questões deste grupo de curiosas adolescentes, debruçamo-nos sobre temas como a solidão, o amor, a obsessão, o corpo animal e visceral. Simultaneamente desconstruímos os próprios elementos cénicos, usando-os como motor de trabalho para este solo coletivo. É um exercício de criação, onde os participantes observam, questionam, agem e reagem através da dança."
Cristina Planas Leitão
"Encenar os conflitos interiores é uma característica do trabalho de Clara Andermatt. Deixar o corpo dizer é neste caso mergulhar na essência da personagem de So Solo, peça lançada como estímulo para este processo.
Neste exercício, procuramos estados de alma desta criatura tão só. Juntos na mesma viagem, a do conflito, da inquietação, e também a do prazer e do encontro, numa constante procura de apaziguamento e equilíbrio."
Amélia Bentes
"P.E.D.R.A. representa um complexo processo de pesquisa, descoberta, valorização e revitalização do património coreográfico nacional contemporâneo, dirigido para um vasto e abrangente público-alvo, adolescentes com ou sem formação no campo da dança, mas todos eles interessados pelo fenómeno das artes performativas em geral.
Nesta edição somos convidados a mergulhar no universo coreográfico/performativo especial da Clara Andermatt e da sua obra So Solo. Um território especificamente marcado por uma forte presença interpretativa que combina a explosão do movimento interior com os silêncios metafóricos dos textos de Tennessee Williams, onde a rebeldia da Joana D´Arc conquista o espaço cénico e contrasta com a resignação melancólica de um gato preto. Momentos e pedaços de uma intensa efervescência interior na procura de uma saída para um tempo futuro utilizando apenas uma antiga receita que ainda funciona, I love you…
São estes os ingredientes que vamos descobrir, analisar, aprofundar, adaptar e trabalhar com este grupo heterogéneo, mas não apenas do ponto de vista de uma simples passagem de repertório. Procuramos contribuir para uma perspetiva mais ampla e consistente da relação entre o indivíduo e a educação artística, como forma essencial de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal no contexto sóciocultural contemporâneo."
Romulus Neagu
Coreógrafa convidada da edição de 2018
Clara Andermatt
Coreógrafos locais
Amélia Bentes (Lisboa), Cristina Planas Leitão (Porto) e Romulus Neagu (Viseu)
Interpretação e participação criativa
Anastásia Russkikh, António Liberato, Carolina Inácio, Catarina Keil, Hugo Mendes, Jonathan Taylor, Leonor Mendes, Margarida Souza e Mariana Vasconcelos (Lisboa); Ana Beatriz Sequeira, Alice Ferreira, Dalila Pereira, Flávia Freitas, Maria Beatriz Costa, Maria Catarina Diogo e Vanessa Ferreira (Porto); Beatriz Almeida, Cecília Borges, Daniela Dias, Inês Fernandes, Isabel Obrist, Mariana Silva, Rita Obrist, Sara Lopes e Beatriz Teixeira (Viseu)
Música
João Lucas
Montagem musical
Jon Lux
Desenho de Luz
Cláudia Rodrigues
Agradecimentos
Joaquim Leal Coprodução Culturgest, Teatro Municipal do Porto e Teatro Viriato