ART CLIMATE TRANSITION

 

 

 

 

Descubram mais sobre a nossa publicação

 

 

ACT é um projeto europeu de cooperação sobre ecologia, alterações climáticas e transição social. Numa era de colapso climático, extinção em massa e desigualdades crescentes, unimos forças num projeto de esperança: conjugando visões gerais com possibilidades específicas e localizadas, que convidam ou exigem ação da nossa parte.

de setembro de 2019 a agosto 2023
 
ACT: Arte, Clima, Transição surge como uma terceira fase evolutiva do Imagine2020, que começou em 2010 como uma colaboração de organizações artísticas, sensibilizando o sector cultural para as alterações climáticas. Perante a atual crise climática, a mera imaginação não é suficiente. O ACT é urgente e relevante na sua abordagem da ecologia e das alterações climáticas, que estão profundamente enraizadas e entrelaçadas com uma economia política que favorece a desigualdade e o esgotamento. Não há transição sustentável sem justiça climática.
O ACT realizou 397 ações e eventos no domínio das artes contemporâneas, da ecologia e de uma transição justa, incluindo: coproduções, exposições, festivais, partilha de conhecimentos, espetáculos, publicações e projetos participativos com as comunidades locais.
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Para abordar as atuais e prementes questões ecológicas e sociais, precisamos de aliar um intercâmbio europeu significativo às especificidades dos contextos locais. A mobilidade transnacional é uma prioridade, neste duplo movimento de dedicar tempo à criação local de raízes e ao intercâmbio internacional. Precisamos de redefinir a nossa consciência ética e o nosso entendimento ecológico da interação entre as espécies, os seres humanos e os seus ambientes políticos e naturais — através da capacitação, formação e educação.

O ACT foi estruturado em torno de uma estratégia de mobilidade, reforçando as ligações entre os contextos locais e europeus. A diversidade das nossas localizações encerra um grande potencial de aprendizagem profunda. Desenvolvemos iniciativas que apoiam encontros de artistas em vários locais, em momentos diferentes e em formatos variados, de modo a estimular a aprendizagem mútua. Estes formatos organizaram-se em 7 pacotes de trabalho: enraizamento e circulação, espaços e meios, encomendas, coproduções, eventos de agenda, comunicação e aprender a ter impacto.

O ACT realizou 397 ações e eventos no domínio das artes contemporâneas, da ecologia e de uma transição justa, incluindo: coproduções, exposições, festivais, partilha de conhecimentos, espetáculos, publicações e projetos participativos com as comunidades locais. 88% das atividades produziram novas obras de arte. O ACT envolveu 964 artistas e 571 PCC (Profissionais Culturais e Criativos) de 63 países diferentes, contribuindo assim para o desenvolvimento profissional do sector cultural europeu, fomentando competências em torno das artes e da ecologia.

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PARCEIROS E HISTÓRIA
 

Artsadmin, Londres, Reino Unido
Bunker, Liubliana Eslovénia
COAL, Paris França
Commongrounds / Arie Lengkeek, Roterdão Países Baixos
Culturgest, Lisboa Portugal
Domino, Zagrebe Croácia
Kaaitheater, Bruxelas, Bélgica
Kampnagel, Hamburgo, Alemanha
Lokomotiva, Skopje, Macedónia do Norte
New Theatre Institute of Latvia, Riga Letónia
The Change Management Research Group, Haia, Países Baixos
Theater Rotterdam, Roterdão, Países Baixos
 
O ACT foi desenvolvido com uma abordagem multidisciplinar - artes performativas e visuais, programas discursivos, atividades de base comunitária, entre outros.
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O PT espaços e meios incluiu atividades que reivindicavam lugares para “culturas de alteridade” ou “futuridade”, através da apresentação de trabalhos artísticos em festivais e programas locais. Os trabalhos encomendados exigiam uma tese clara, que era abordada artisticamente. O processo era desenvolvido durante um período de tempo mais longo e os resultados eram apresentados publicamente em diferentes ocasiões. Os parceiros do ACT promoveram internacionalmente novas criações de artistas, através de coproduções, e também envolvendo parceiros externos empenhados. O PT agenda associou as artes aos tempos e lugares de debate público e internacional. Na nossa agenda partilhada, decidimos definir dois grandes momentos para unir forças e procurar inspirar e influenciar. A estratégia de comunicação partilhada apoiou a visibilidade e a legibilidade locais do projeto europeu, a facilitação do conhecimento partilhado, a aprendizagem mútua, as produções partilhadas e duas campanhas relacionadas com os eventos de agenda. O objetivo do elemento de investigação no âmbito do ACT consistia em desenvolver conhecimentos práticos para artistas e organizações artísticas relativamente à forma de criar impacto através das artes.

O ACT promoveu: 17 residências artísticas, 49 atividades de comunicação, 68 coproduções, 22 exposições, 16 festivais, 50 eventos de partilha de conhecimentos (conferências, ateliers, laboratórios), 12 atividades de networking, 34 projetos participativos, 91 espetáculos, 3 publicações e 18 trabalhos relacionados com a investigação. Em 4 anos, em toda a Europa, o ACT chegou a mais de 1 milhão de pessoas, que se envolveram com o projeto enquanto membros do público, visitantes e participantes. Em resposta à pandemia de Covid-19, os parceiros desenvolveram ferramentas online para estabelecer contacto com públicos online. Mais de 1,2 milhões de pessoas acederam aos eventos públicos do ACT através de canais online.

Há muito tempo que as questões relacionadas com a crise ecológica têm vindo a receber muita atenção por parte dos parceiros do ACT. Fazer parte do ACT criou oportunidades para enriquecer esses programas e reforçar a sua visibilidade. O apoio do programa Europa Criativa ajudou a trazer estes temas para o primeiro plano das agendas locais e nacionais. Ao fazerem parte do ACT, os parceiros participaram num intercâmbio de experiências a nível transnacional, aprofundando as suas competências e conhecimentos para além dos contextos locais. O cofinanciamento europeu também permitiu uma apresentação mais forte de vozes internacionais em palcos e exposições locais. Inversamente, os parceiros puderam promover internacionalmente os artistas locais.

O ACT amplificou as questões ambientais através das artes, dando visibilidade a certos assuntos e tornando-os parte de um amplo debate público. Após muitos anos de investimento no trabalho do Imagine2020 e do ACT, estas questões têm-se tornado cada vez mais relevantes no sector criativo. O projeto ACT apoiou o crescimento de diferentes gerações de artistas num ambiente internacional. O ACT visou um modelo mais sustentável de criação, produção e apresentação artística, de acordo com o princípio de solidariedade financeira que lhe está associado. O impacto do projeto consiste em criar um espaço para o desenvolvimento artístico com potencial para ser um terreno de discussão, produção de conhecimento, sustentabilidade e inovação.

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EXEMPLOS DE
EVENTOS ACT

 

Evento de Agenda, Marselha 2021

No âmbito do Congresso Mundial de Conservação da UICN, a rede de cooperação europeia ACT — Arte, Clima, Transição, de que a COAL, referência francesa no domínio da arte e da ecologia, é membro, e a Planète Émergences, ator importante no domínio da arte no espaço público em Marselha, inauguraram um mural monumental no Café L'Écomotive, em frente à estação de comboios Marseille-Saint-Charles. Este projeto faz parte de Les Murs d'Audubon.

Juntos, ACT, COAL e Planète Émergences escolheram o extraordinário muro em frente à estação central de comboios de Marselha para trabalhar com o artista grego Fikos. Fikos remete-nos para as origens culturais da cidade de Foceia e, mais amplamente, para a Europa, ao combinar a técnica da pintura mural bizantina com a arte de rua contemporânea. Conseguiu apropriar-se e renovar esta arte de composição cara a Audubon misturando aves da Europa e do Mediterrâneo com desenhos originais do próprio Audubon.

Durante muitos anos, este mural acolherá os visitantes que chegarem à estação de comboios Marseille-Saint-Charles. Irá permanecer um símbolo de cidadania e criatividade face à erosão maciça da biodiversidade e, em particular, ao declínio dramático das espécies de aves.

© Matthieu Parent.
© Matthieu Parent.
© Matthieu Parent.
© Matthieu Parent.
© Matthieu Parent.
© Matthieu Parent.

Evento de Agenda, Londres 2023

Nos dias 28 e 29 de junho de 2023, a Artsadmin e o ACT — Arte, Clima, Transição organizaram em conjunto um simpósio internacional que explorou as interseções entre a performance contemporânea, a participação democrática e a justiça ambiental. O simpósio de dois dias teve lugar nos Toynbee Studios, em Londres, e decorreu em paralelo com o festival What Shall We Build Here.

O simpósio adotou uma compreensão alargada do discurso político e da divulgação do conhecimento. Para compreendermos os grandes temas que estamos a analisar, e para fazer avançar a conversa, precisamos de muitos modos de comunicação. Assim, os dois dias do simpósio incluíram uma mistura eclética de painéis de discussão, ateliers, caminhadas, espetáculos, palestras, conferências, refeições e meditações.

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Parte do programa consistiu num painel muito atual, para o qual o ACT convidou outras redes artísticas e projetos de colaboração a trocarem impressões connosco sobre Colaborações Europeias e Justiça Ambiental. Como é que mantemos ligações a nível internacional ao mesmo tempo que reconhecemos o impacto ambiental das viagens? Como é que podemos assegurar uma mobilidade mais equitativa a par dos nossos objetivos de sustentabilidade? Este painel de discussão explorou estas questões através de uma mostra de iniciativas e projetos que as estão a abordar por toda a Europa (e não só). Incluiu apresentações de Ása Richardsdóttir da IETM, Yohann Floch da On the Move — sobre os seus relatórios relativos à mobilidade artística e cultural, Carolina Mano Marques do ACT – Arte, Clima, Transição, Kris Nelson do LIFT sobre “digressão conceptual” – um programa de encomendas para artistas desenvolverem conceitos para projetos de digressão internacional com poucas ou nenhumas viagens de seres humanos, Farah Ahmed, da Julie's Bicycle, sobre os seus esforços de mobilização, incluindo a perspetiva da justiça climática, e Mariachiara Esposito, da Comissão Europeia, que refletiu sobre o Novo Pacto Ecológico e o programa Europa Criativa.

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No âmbito do Simpósio ACT, foi encomendada uma publicação sobre o projeto ACT — Arte, Clima, Transição. Esta publicação possui uma licença Creative Commons e encontra-se disponível para download aqui.
© Bettina Adela.
© Bettina Adela.
© Bettina Adela.
© Bettina Adela.
© Bettina Adela.
© Bettina Adela.
© Bettina Adela.
© Bettina Adela.
© Bettina Adela.
© Bettina Adela.
© Bettina Adela.
© Bettina Adela.
© Bettina Adela.
© Bettina Adela.

OS VOSSOS PÁSSAROS, OS NOSSOS PÁSSAROS
Campanha ACT

A campanha Os Vossos Pássaros, os Nossos Pássaros foi lançada no Congresso Mundial de Conservação da UICN, em Marselha, em setembro de 2021. Para difundir o impacto desta iniciativa por toda a Europa, o ACT deu início à campanha convidando todos os parceiros da rede a envolverem as suas comunidades locais de artistas, cientistas e organizações cívicas para apresentarem murais de aves ameaçadas. Inspirados pelo mural do artista Fikos em Marselha, que foi criado pelo ACT através do seu parceiro COAL para o Congresso Mundial de Conservação da UICN, os parceiros da rede têm vindo a desenvolver os seus projetos murais locais.
© Marloes De Kiewit.
© Marloes De Kiewit.
© Zorica Zafirovska.
© Zorica Zafirovska.
© DR.
© DR.
© DR.
© DR.

APRENDER A TER IMPACTO

Uma vez que o ACT justapõe Arte, Clima e Transição, não podemos deixar de pensar sobre “impacto”. Ao juntar estas três palavras, as pessoas e organizações por detrás do ACT comprometeram-se a explorar o que a arte tem para oferecer na resposta às crises climáticas

Mas, para sermos justos, o que é que se pode esperar da arte? Pode a arte ajudar-nos a expressar ou compreender melhor as causas, os efeitos e os desafios que as alterações climáticas trazem consigo? Pode a arte propor formas alternativas de estar no mundo, será que nos pode inspirar a encontrar uma saída para as crises, ou um modo de viver com elas? Ou será que a arte deve trabalhar em direções diferentes: dando voz à dor e à raiva das pessoas afetadas pelas alterações climáticas, por exemplo, ou talvez ajudando-nos a fazer o luto das nossas perdas climáticas? O pacote de trabalho do ACT Aprender a Ter Impacto, liderado por Jacco van Uden e Arie Lengkeek, dedicou-se a questões como estas.

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No pacote de trabalho Aprender a Ter Impacto do ACT, tentámos descobrir como é que a palavra está a ser usada no “domínio” da arte, do clima e da transição — se é que está a sê-lo. Nesse sentido, organizámos uma série de eventos que se reforçam mutuamente:

  • Uma série de webinars com peritos que familiarizaram os parceiros da rede ACT e outras partes interessadas com o mundo do impacto (tanto teórico/histórico como das práticas atuais).
  • Ateliers com os parceiros da rede ACT para explorar a relevância da reflexão sobre o impacto ao nível das instituições (artísticas)
  • Uma série de entrevistas com artistas selecionados (do ACT) para refletir sobre o impacto ao nível das práticas artísticas: Artigos - ACT.
  • Uma apresentação na conferência bianual sobre Arte da Gestão e Organização em Liverpool, Reino Unido (2022)
  • Uma série de entrevistas reflexivas transmitidas em direto sobre o tema durante o Simpósio Arte, Clima, Transição em Londres, Reino Unido (2023): Programa de Rádio Impacto — ACT.
  • Um mural sobre Impacto, Conversas do Muro, criado por Kristine Densley e Natalie Oakley, 28/29 de junho de 2023, Toynbee Studios, Londres, Reino Unido (2023): As Conversas do Muro — ACT.

Embora muito haja a dizer — e tenha sido dito — sobre o papel que a arte desempenha na ação contra as alterações climáticas, o ACT também nos permitiu refletir continuamente sobre a natureza do impacto. Embora o impacto tenha sido apresentado como a alternativa razoável à simplificação excessiva de conceitos para descrever aquilo a que as atividades podem conduzir, este conceito também enfrenta o risco real de ser demasiado alargado. Temos de exigir que seja mais ousado, mais específico, mais seguro sobre “o modo como as coisas funcionam”.

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LABORATÓRIOS DE VERÃO

Uma série de quatro Laboratórios de Verão constitui uma faceta acarinhada dentro dos formatos partilhados do ACT. Todos os anos, cada parceiro convidou um artista para participar no Laboratório de Verão. Os Laboratórios de Verão foram organizados como um período curto e intenso de intercâmbio artístico e de encontro com o contexto e as ecologias locais.

Summer Lab #1
Desastres Naturais
Zagrebe, 29 junho-3 julho 2021

Summer Lab #2
Ecologias urbanas - árvores na cidade
Ljubljana, 23-28 de agosto de 2021

Summer Lab #3
Turfeiras mágicas
Riga, 13-17 junho 2022

Summer Lab #4
Espaços públicos negativos
Skopje, 4-9 junho 2023

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Cada edição foi organizada por um parceiro diferente, associando o intercâmbio artístico a questões e ecologias específicas das suas cidades e paisagens. Assim, cada Laboratório de Verão acolheu 9 artistas de toda a Europa, complementados por um 10º artista que participou como observador independente. Estes observadores foram selecionados e convidados pelos editores do ACT, tendo-lhes sido pedido que produzissem uma reflexão crítica, baseada no programa do Laboratório de Verão, nos artistas participantes e no seu contexto social e ecológico. Estes textos foram publicados no website do ACT e estão incluídos na publicação do ACT.

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Skopje, 2023. © DR.
Skopje, 2023. © DR.
Skopje, 2023. © DR.
Skopje, 2023. © DR.
Skopje, 2023. © DR.
Skopje, 2023. © DR.
Latvia 2022. © Andrejs Strokins.
Latvia 2022. © Andrejs Strokins.
Latvia 2022. © Andrejs Strokins.
Latvia 2022. © Andrejs Strokins.
Latvia 2022. © Andrejs Strokins.
Latvia 2022. © Andrejs Strokins.
Zagreb 2021. © Tomislav Cuveljak.
Zagreb 2021. © Tomislav Cuveljak.
Zagreb 2021. © Tomislav Cuveljak.
Zagreb 2021. © Tomislav Cuveljak.
Ljubljana 2021. © Nada Zgank.
Ljubljana 2021. © Nada Zgank.
Ljubljana 2021. © Nada Zgank.
Ljubljana 2021. © Nada Zgank.
Ljubljana 2021. © Nada Zgank.
Ljubljana 2021. © Nada Zgank.

COLECÇÃO EUROPA

Enquanto rede, sentimos uma forte necessidade de apoiar os “artistas-ativistas”, que desenvolvem processos comunitários que resultam em objetos carregados de significado, especificidade e até de conflito. Para esse efeito, criámos a Coleção Europa, uma série partilhada pelos parceiros do ACT em torno de 4 artistas: Ama Josephine Budge, o coletivo Berru, David Weber-Krebs e o coletivo Škart.

 

Ama Josephine Budge
A Sala de Leitura do Apocalipse
Londres / Hamburgo

A Sala de Leitura do Apocalipse é uma instalação da escritora e artista especulativa Ama Josephine Budge: uma biblioteca in situ, um mundo de histórias faladas face à transformação ambiental e social, uma reunião de todos os livros de que poderemos precisar para mudar o fim do mundo. Este projeto começou em 2020 com uma versão digital desenvolvida online, promovida pela Artsadmin. Instalou-se nos Toynbee Studios no verão de 2021 e na Feira do Livro Performativo de Hamburgo na primavera de 2023.

Berru
Energia Transformada
Porto / Clermont-Ferrand

Energia Transformadora é uma instalação que investiga o potencial dos oceanos enquanto resposta à atual crise energética. Este trabalho do coletivo Berru combina estruturas vivas e não-vivas, criando sinergias entre os mundos biológico e tecnológico, de modo a tentar compreender a complexidade dessas estruturas e especular sobre o seu potencial para criar sistemas autossustentáveis. A este trabalho seguiram-se duas Palestras em Revezamento ACT (no verão e no outono de 2022), envolvendo investigadores e o coletivo Berru, nas duas cidades. Este evento foi organizado no âmbito da Temporada Portugal-França 2022.

David Weber Krebs
e depois as portas voltaram a abrir-se
Bruxelas / Skopje / Riga / Roterdão

e depois as portas voltaram a abrir-se é um ato coletivo de imaginação sobre os possíveis futuros do teatro, escrito com base no momento do confinamento da Covid-19, que primeiro deu origem a um livro publicado em 2020. A partir de março de 2021, David Weber-Krebs e Simone Basani contactaram espectadores em diferentes países para pensar mais sobre a condição do espectador em tempos de pandemia e depois dela. Foram produzidas novas especulações, reflexões e narrações através de uma série de ateliers coletivos, conversas individuais e caminhadas em Bruxelas, Skopje, em diferentes locais da Letónia e em Roterdão.

Škart
Mulheres Não-Práticas
Ljubljana / Zagrebe

Mulheres Não-Práticas é um processo coletivo que combina a escrita criativa com o artesanato quase estereotipado das gerações mais velhas, empurradas para as margens da sociedade. Juntamente com participantes de lares de idosos locais, o coletivo Škart preparou duas exposições — em Liubliana (2021) e em Zagreb (2023) — oferecendo versos afiados e opiniões duras e socialmente críticas bordadas e desenhadas em guardanapos.

EVENTO FINAL DO ACT
- Ljubljana 2023

Quando o projeto começou, tinham decorrido quatro anos desde a COP 21 de Paris. Agora, passaram oito anos, e a emergência parece ainda mais premente. A nível europeu, a agenda sobre uma transição justa e um Novo Pacto Ecológico tomou forma, incluindo também o sector das artes como agente de mudança. Quando começámos, pareceu-nos relevante investigarmo-nos também a nós próprios e ao modo como nós, e os artistas com quem trabalhamos, entendemos e falamos sobre o papel que a arte e a produção criativa podem desempenhar na vasta e urgente transição para uma sociedade justa e sustentável. Ao mesmo tempo, pudemos ver esse impacto diante dos nossos olhos nos projetos em que nos envolvemos: quando as crianças em idade escolar foram convidadas a participar no nosso projeto de mural de pássaros, fazendo um curto-circuito entre a sua escola e outras comunidades em toda a Europa. Ou quando os residentes de um lar de idosos se organizaram como “reformados teimosos”, criando obras de arte para a inclusão e a diversidade, não enquanto termos abstratos que descrevem políticas, mas enquanto tessituras das relações e dependências da vida real.

© Sklepni Dogodek.
© Sklepni Dogodek.
© Sklepni Dogodek.
© Sklepni Dogodek.
© Sklepni Dogodek.
© Sklepni Dogodek.

EVENTOS ACT - CULTURGEST

FICHA TÉCNICA

EDIÇÃO
Carolina Luz

REVISÃO CONTEÚDOS
Catarina Medina, Carolina Mano Marques

DESIGN E WEBSITE
Studio Maria João Macedo & Queo

TRADUÇÃO
Joana Frazão