Uma assembleia em palco sobre Direitos Humanos

"Uma peça apontada às discussões, aos idealismos e às desilusões dos consensos pela paz"

(Gonçalo Frota/Público)
 
Colocamos a história em perspetiva, em particular, o período posterior à Segunda Guerra Mundial, para saber mais sobre os três anos de negociações (1946-48) para a constituição da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Em palco, a Mala Voadora leva-nos a descobrir mais sobre as relações de poder entre os países e as discussões sobre a "igualdade de direitos". Aqui, começamos por revisitar o passado, através de registos históricos deste período.
Imagens da Conferência de São Francisco (1945) em que se debateram os princípios que iriam estar contemplados na Carta das Nações Unidas.
Fonte: Organização das Nações Unidas.
Imagens da Conferência de São Francisco (1945) em que se debateram os princípios que iriam estar contemplados na Carta das Nações Unidas.
Fonte: Organização das Nações Unidas.
Imagens da Conferência de São Francisco (1945) em que se debateram os princípios que iriam estar contemplados na Carta das Nações Unidas.
Fonte: Organização das Nações Unidas.
Imagens da Conferência de São Francisco (1945) em que se debateram os princípios que iriam estar contemplados na Carta das Nações Unidas.
Fonte: Organização das Nações Unidas.
Imagens da Conferência de São Francisco (1945) em que se debateram os princípios que iriam estar contemplados na Carta das Nações Unidas.
Fonte: Organização das Nações Unidas.
Imagens da Conferência de São Francisco (1945) em que se debateram os princípios que iriam estar contemplados na Carta das Nações Unidas.
Fonte: Organização das Nações Unidas.
Imagens da Conferência de São Francisco (1945) em que se debateram os princípios que iriam estar contemplados na Carta das Nações Unidas.
Fonte: Organização das Nações Unidas.
Imagens da Conferência de São Francisco (1945) em que se debateram os princípios que iriam estar contemplados na Carta das Nações Unidas.
Fonte: Organização das Nações Unidas.
Imagens da Conferência de São Francisco (1945) em que se debateram os princípios que iriam estar contemplados na Carta das Nações Unidas.
Fonte: Organização das Nações Unidas.
Imagens da Conferência de São Francisco (1945) em que se debateram os princípios que iriam estar contemplados na Carta das Nações Unidas.
Fonte: Organização das Nações Unidas.

Artigo 1 - "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade."

O estabelecimento dos artigos que compõem a Declaração Universal dos Direitos Humanos estiveram em discussão entre 1946 e 1948, processo que envolveu os seguintes organismos: Comité de Redação, Comissão dos Direitos Humanos, Conselho Económico e Social, Assembleia Geral.

É possível aceder aos documentos que mostram o processo das reuniões aqui.

Conferência em Paris (1948),

Apesar de a Declaração ter sido feita para ser universal e garantir os direitos de todos os humanos, nem todos subscreveram o seu conteúdo. Os países socialistas, como a Polónia, não queriam a liberdade de circulação como um direito de seus cidadãos. Os países árabes não podiam concordar com a liberdade religiosa, ou a África do Sul (com o seu apartheid) com direitos iguais para todas as pessoas. Por outro lado, e ironicamente, as nações europeias que subscreveram a Declaração ainda tinham as suas colónias e ainda as exploravam. Como a França, por exemplo.

Na verdade, o próprio conceito de “universal” não é mais do que uma demonstração do colonialismo cultural: um conjunto de valores formulados por "nós" como sendo bons, não apenas para "nós", mas também para os outros. E esse colonialismo cultural só é útil na medida em que nos permite manter um sistema económico que nos sirva melhor.

Não raramente os direitos humanos são desconsiderados se o país é economicamente vantajoso. A Europa fecha os olhos ao desrespeito pelos direitos humanos e fecha as portas a quem foge de territórios danificados pela sua própria ingerência.

- Mala Voadora

"Como pode a arte ir além da discussão histórica, que afeta os direitos humanos através das suas considerações geopolíticas? Como podemos ultrapassar os limites que o uso demagógico das palavras impõe aos direitos humanos?"

(Jorge Andrade/Mala Voadora)

 

Quem define o que são os Direitos Humanos?

> Discurso de Eleonor Roosevelt, presidente das Nações Unidas, de aprovação oficial da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1949).
> Excerto da Declaração dos Direitos Humanos lido por Eleanor Roosevelt.
Nos anos 1940, Eleanor Roosevelt foi uma das co-fundadoras da França Freedom House, apoiando a criação da Organização das Nações Unidas (ONU). Foi diplomata e embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas entre 1945 e 1952, por nomeação do presidente Harry Truman. Durante o seu tempo na ONU presidiu a comissão que elaborou e aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O presidente Truman apelidou-a de "Primeira-dama do Mundo" em homenagem a suas conquistas referentes aos direitos humanos.
"A liberdade faz uma exigência enorme a cada ser humano. Com a liberdade vem a responsabilidade. Para a pessoa que está relutante em crescer, para a pessoa que não quer carregar o seu próprio fardo, esta é uma perspetiva assustadora.”
-Eleanor Roosevelt
© Pedro Jafuno
© Pedro Jafuno
© Pedro Jafuno
© Pedro Jafuno
© Pedro Jafuno
© Pedro Jafuno
© Pedro Jafuno
© Pedro Jafuno
© Pedro Jafuno
© Pedro Jafuno

Após a estreia mundial nos dias 7 e 8 de junho, no teatro Escher, no Luxemburgo, Universal Declaration of Human Rights tem estreia nacional na Culturgest.  A Mala Voadora recria em palco os diálogos entre os representantes dos países membros das Nações Unidas para a constituição da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Mala Voadora Companhia de Teatro

A mala voadora foi fundada por Jorge Andrade e José Capela, e apresentou o seu primeiro espetáculo em 2003. Para além de Portugal, apresentou espetáculos como Alemanha, Bélgica, Bósnia Herzegovina, Brasil, Cabo Verde, Escócia, Eslovénia, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Grécia, Inglaterra, Itália, Líbano, Luxemburgo, Polónia e República Checa. Em 2013, inaugurou o edifício da Rua do Almada, no Porto. Em 2018, a mala voadora inicia uma nova fase do seu percurso, na qual cria e programa de modo integrado. Se somos “uma companhia de teatro que programa”, as perguntas são: (1) o que é programar quando são especificamente artistas a fazê-lo? e (2) como é que uma companhia que programa faz espetáculos? E, sobretudo: (3) como podem estas duas perguntas interrelacionar-se?
FICHA TÉCNICA
PEÇA

DIREÇÃO
Jorge Andrade, com assistência de Pedro Moldão

APOIO DRAMATÚRGICO
Statt Miller

COM
Ana Isabel Arinto, Bruno Soares Nogueira, Carla Gomes, Carolina Cunha e Costa, Carolina Ferraz, Céline Camara, David Pereira Bastos, Francisco Goulão, Jani Zhao, Jerome Varanfrain, Jorge Andrade, Manuel Moreira, Marco Augusto, Maria Ana Filipe, Maria Toscano, Mariana Magalhães, Pedro Moldão, Sara Belo, Statt Miller, Tomás Barroso.

BANDA SONORA/DIREÇÃO MUSICAL
Batida | Pedro Coquenão

CENOGRAFIA
José Capela, com edição de imagem de António MV

FIGURINOS
José Capela

LUZ
João Fonte, com consultoria de Wilma Moutinho

DIREÇÃO TÉCNICA
João Fonte

APOIO TÉCNICO
Luís Rabaçal

OPERAÇÃO DO SOM
Diogo Cocharro

DIREÇÃO DE PROJETO
Eva Nunes

ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO E COMUNICAÇÃO
Sofia Freitas

COPRODUÇÃO
Culturgest e Théâtre de Esch - Luxembourg

APOIOS
Comuna Teatro de Pesquisa, Escola do Largo, GrooveOn,_teatromosca_,Vamusica. 

AGRADECIMENTOS
Maria Jorge

A mala voadora é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal–Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes e é associada d'O Espaço do Tempo.

MICROSITE

IMAGEM
Marco Pavone e Pedro Jafuno

EDIÇÃO
Carolina Luz

REVISÃO DE CONTEÚDOS
Inês Bernardo e Helena César

DESIGN E WEBSITE
Studio Macedo Cannatà & Queo

Apoios