A Herança do Passado Colonial

Qual é o impacto, na Europa atual, da transferência de memórias do fim do colonialismo nas suas múltiplas dimensões?

PROGRAMA COLÓQUIO

4 NOV 2021
10:00 > 20:00

ENTRADA GRATUITA
com levantamento de bilhete 30 min. antes do início da sessão
(sujeito à lotação da sala)

O colóquio será falado em português, em francês e em inglês.
Tradução simultânea de português - francês e francês - português estará disponível.
 

MANHÃ

ABERTURA
10:00

PÓS-MEMÓRIAS: O PASSADO COLONIAL NO PRESENTE EUROPEU
Margarida Calafate Ribeiro (CES-UC)
10:30 > 11:30

APRESENTAÇÃO DA PLATAFORMA DIGITAL DE ARTISTAS E OBRAS NA CONDIÇÃO DA PÓS-MEMÓRIA 
11:30 > 12:30
Fernando Cabral (Sistemas do Futuro)

LANÇAMENTO DE LIVROS COLEÇÃO MEMOIRS 
 12:30 > 13:00 

TARDE

MESA REDONDA - TRANSMITIR A MEMÓRIA
14:30 > 15:30
António Sousa Ribeiro (Diretor do CES-UC), Fátima da Cruz Rodrigues (CES-UC), Graça dos Santos (Universidade de Paris-Nanterre), Hélia Santos (CES-UC), Margarida Calafate Ribeiro (CES-UC)
Moderação: Sandra Inês Cruz

MESA REDONDA - REPRESENTAR A MEMÓRIA
Katia Kameli (artista visual), Aimé Mpane (artista visual), Paulo Faria (escritor), Zia Soares (atriz e encenadora), António Pinto Ribeiro (CES-UC e programador cultural)
15:30 > 16:30
Moderação: Vitor Belanciano 

INTERVALO

MESA REDONDA - EXPOR A MEMÓRIA
António Pinto Ribeiro, Katia Kameli, Aimé Mpane; Guido Gryseels (Diretor do Museu Real de África Central/ Africa Museum, Tervuren); Miguel Magalhães (Diretor, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa); Jean François Chougnet (Presidente do MUCEM, Marselha)
17:00 > 18:00
Moderação: Liliana Coutinho

CONFERÊNCIA - CIDADANIA DA MEMÓRIA: LEGADOS POLÉMICOS DO COLONIALISMO E DO GENOCÍDEO 
Michael Rothberg (UCLA-Universidade da Califórnia, Los Angeles)
18:00-19:30
Em inglês, sem tradução simultânea

Memoirs é um projeto de investigação pioneiro no estudo do impacto das heranças coloniais na memória coletiva de Portugal, França e Bélgica. O estudo traz para a mesa o debate da crise de identidade europeia pelo viés das memórias do colonialismo e da descolonização a partir da perspetiva dos filhos de ex-combatentes, ex-colonizadores e ex-colonizados nos territórios ocupados por Portugal, França e Bélgica no continente africano. O questionamento destas heranças está a diversificar o debate europeu, a renovar a literatura e a arte europeia, a museografia e a curadoria e a densificar formas de intervenção individual e coletiva. A metodologia de investigação é composta por entrevistas com a geração descendente da geração que viveu o processo de descolonização nos países mencionados e pela análise das representações artísticas como representações públicas de uma memória intergeracional. São analisadas as áreas artísticas de artes visuais, cinema, literatura, música e artes performativas.
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Dada a complexidade do tema e pelo estudo procurar fazer uma abordagem interdisciplinar e comparativa, estão integrados na investigação especialistas das áreas de estudos literários e culturais, estudos artísticos, história, sociologia, antropologia e relações internacionais. O estudo conta também com parceiros institucionais como é o caso de universidades, museus, associações, teatros, festivais culturais, cinemas, câmaras municipais e escolas.

Integram o estudo uma equipa de investigadores composta por Margarida Calafete Ribeiro (investigadora principal), António Pinto Ribeiro (investigador e programador cultural), Fátima da Cruz Rodrigues (investigadora em pós-doutoramento), Filipe Cammaert (investigador em pós-doutoramento), Fernanda Vilar (investigadora em pós-doutoramento), Hélia Santos (doutoranda, gestão de projeto), António Sousa Ribeiro (investigador associado), Paulo de Medeiros (investigador associado), Roberto Vecchi (investigador associado), Bruno Sena Martins (investigador colaborador), Miguel Cardina (investigador colaborador), Vítor Belanciano (investigador colaborador), Bruno Machado (investigador colaborador).

 

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Memoirs: Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias

O lugar da memória 

A transmissão, representação e exposição da memória, terão destaque na apresentação dos resultados da investigação que decorre na Culturgest dia 04 de novembro. A pós-memória, enquanto conceito central da temática de investigação, traduz a ideia de memória transmitida às gerações seguintes. Neste contexto, a pós-memória remete para as experiências de sofrimento sentido por um conjunto de pessoas que transmitiram essas vivências ao seus filhos que, não tendo uma experiência vivida desses acontecimentos, têm-nos presentes nas suas memórias. Uma das componentes do estudo passou por compreender a forma como os artistas que têm esta pós-memória do colonialismo se apropriam da mesma, a representam e expõem no seu trabalho, ou, pelo contrário, como as recusam ou não utilizam.

A apresentação dos resultados em vários suportes é feita em meses redondas com investigadores, artistas, curadores e diretores de museus. Enquanto espaço de debate internacional sobre a temática em estudo, neste colóquio será apresentada uma das próximas etapas, a exposição internacional Europa Oxalá, que estará a decorrer em França (Marselha, MUCEM, outubro 2021 a janeiro de 2022) e, em 2022 e 2023, em Portugal (Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian) e na Bélgica (Tervuren, Museu Real da África Central – AfricaMuseum), com curadoria de António Pinto Ribeiro, Aimé Mpane e Katia Kameli. A conferência final está a cargo de Michael Rothberg, da Universidade da Califórnia, um dos mais destacados investigadores da área de estudos comparados, de estudos da memória e do Holocausto e da representação da violência na literatura e na arte.

MEMOIRS | Entrevista a António Pinro Ribeiro, Coffeepaste 03 OUT 2021
MEMOIRS | Culturgest, 22 JAN 2020

Biografias

António Pinto Ribeiro é investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Foi diretor artístico e curador responsável em várias instituições culturais portuguesas, nomeadamente da Culturgest e da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi comissário-geral de “Passado e Presente – Lisboa Capital Ibero-Americana da Cultura 2017”. Os seus principais interesses de investigação desenvolvem-se na área da arte contemporânea, especificamente africanas e sul-americanas. Das suas publicações destacam-se: Novo Mundo. Arte contemporânea no tempo da pós-memória (2021), Peut-on décoloniser les musées? (2019) e África os quatro rios - A representação de África através da literatura de viagens europeia e norteamericana (2017).

 

Aimé Mpane é artista visual e curador. Partilha o seu tempo entre Kinshasa e Bruxelas, e a sua prática artística alicerça-se nas viagens entre a sua África natal e a sua Europa de adoção. Estudou escultura no Instituto de Belas Artes e pintura na Academia de Belas Artes de Kinshasa e na École Nationale Supérieure des Arts Visuels de La Cambre, Bruxelas. A par da escultura, trabalha a instalação e a pintura. Em obras como Congo: Shadow of the Shadow (2005), Ici on crève (2006), J'ai oublié de rêver (2017), o artista explora as marcas do colonialismo belga e o sofrimento do povo congolês, numa reflexão sobre as heranças do colonialismo e a relação África-Europa. Mpane apela à solidariedade do género humano e à consciência coletiva. As suas obras falam de dignidade humana, de esperança, de coragem, de empatia e perseverança.

 

António Sousa Ribeiro é diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e professor catedrático aposentado do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas (Estudos Germanísticos) da Faculdade de Letras da mesma universidade. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas das literaturas e culturas de expressão alemã, dos estudos sobre a violência, dos estudos de memória, dos estudos pós-coloniais e dos estudos culturais comparados. Tem publicado extensamente em áreas muito diversas. Destaque-se Representações da Violência (2013), Geometrias da memória: configurações pós-coloniais (2016); Einschnitte. Signaturen der Gewalt in textorientierten Medien (2016). Dedica-se também à tradução literária, tendo-lhe sido atribuído o Prémio Nacional de Tradução, 2017.

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Fátima da Cruz Rodrigues é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, no âmbito do projeto Memoirs e MAPS. Doutorou-se em Sociologia pela Universidade de Coimbra (2013) com a tese Antigos combatentes africanos das Forças Armadas Portuguesas: a Guerra Colonial como território de (re)conciliação, vencedora do Prémio Fernão Mendes Pinto 2014. É docente da Universidade Lusíada do Porto e da Faculdade de Direito da Universidade do Porto. É “vice-chair” da Ação COST: CA18228 - Global Atrocity Justice Constellations. Os seus principais interesses de pesquisa giram em torno de diversas problemáticas relacionadas com as guerras coloniais/guerras de libertação, memória e pós-memória e crimes cometidos em contextos de guerras.

 

Fernando Cabral é diretor geral da Sistemas do Futuro − Multimédia, Gestão e Arte, Lda., empresa dedicada ao desenvolvimento de software na área da gestão do património cultural e natural desde 1995. É investigador do OCES – Observatório da Ciência e do Ensino Superior de Portugal e membro do Comité Internacional para a Documentação (CIDOC) do International Council of Museums (ICOM) e desenvolve projetos internacionais. Tem colaborado com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra em projetos de investigação envolvendo as humanidades digitais, como o projeto MEMOIRS – Filhos de Império e Pós-memórias Europeias (ERC) e MAPS - Pós-memórias europeias uma cartografia pós-colonial (FCT).

 

Graça dos Santos é professora catedrática da Universidade Paris-Nanterre, onde é investigadora e diretora do CRILUS (Centre de recherches interdisciplinaires sur le monde lusophone) e do doutoramento em Línguas, Literaturas e Civilizações românicas: Português. É também encenadora, atriz e professora de teatro. É cofundadora da companhia “Cá e Lá” (Compagnie bilingue français/portugais) e diretora de “Parfums de Lisbonne” – Festival d’urbanités croisées entre Lisbonne et Paris. Os seus trabalhos dedicam-se em particular a ditadura salazarista e à censura ao teatro. Tem publicado sobre as noções de corpo físico / corpo social, sobre as representações cénicas do corpo e do povo, a história do espetáculo português e europeu. Entre as suas atuais áreas de interesse, destacam-se os estudos culturais, os estudos pós-coloniais e os estudos sobre migrações.

 

Guido Gryseels é o diretor-geral do Museu Real da África Central-Africa Museum em Tervuren, na Bélgica. O RMCA é um museu e uma instituição científica federal de investigação e disseminação do conhecimento científico nos campos da biologia, ciências da terra, antropologia, história, agricultura e floresta da África Central. Guido Gryssels é doutorado em Ciências Agrícolas, desempenhou vários cargos direção na FAO, Nações Unidas. É membro do Conselho de Administração da Política Federal de Ciência, do Fundo Flamengo para Pesquisa Científica e do Fundo Holandês para Pesquisa Científica. É Presidente do Comité do Programa de Pesquisa em Alimentos e Negócios em Países em Desenvolvimento. É presidente do Consórcio Internacional da Biodiversidade do Congo, presidente do júri do prémio internacional Louis Malassis para a Alimentação e Agricultura e membro do júri do Prémio Internacional do Desenvolvimento Rei Balduíno.

 

Hélia Santos é investigadora e coordenadora do gabinete de gestão de projetos do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES). Tem mestrado em Sociologia, pelo Programa em “Pós-Colonialismos e Cidadania Global”, CES/Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra. Integra a equipa do projeto MEMOIRS na qualidade de estudante de doutoramento, com uma tese intitulada Paradoxos Coloniais: memória, pós-memória e esquecimento em narrativas de segunda geração. Tem vindo a publicar vários artigos sobre este tópico.

 

Liliana Coutinho é curadora e programadora de Debates e Conferências da Culturgest. Doutora em Estética e Ciências da Arte pela Universidade Paris 1, é investigadora do Instituto de História Contemporânea, da Universidade Nova de Lisboa. Escreve com regularidade, tendo coeditado o livro Paisagens Imprevistas (2020), e publicado, entre outros, “O delicado fio do comum”, in André Guedes, Ensaios para uma antológica (2016); “On the utility of a universal's fiction”, in Gimme Shelter, Global Discourses In Aesthetics (2013). É Professora convidada na Pós-Graduação em Curadoria de Arte, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa.

 

Sandra Inês Cruz é licenciada em Jornalismo pela Escola Superior de Jornalismo do Porto. Integrou a redação da RTP Porto entre 1993 e 2000, e a da TVI entre 2000 e 2003, tendo, a partir daí, trabalhado como freelance na coordenação, apresentação e realização de vários programas de televisão e como autora de vários documentários. Foi docente de Televisão (ESJ - Porto) e de Teorias da Comunicação (Escola Superior Artística do Porto). Fez uma pós-graduação em Direito da Comunicação pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1999), é mestre em Literaturas e Culturas Africanas e da diáspora pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2010) e, atualmente, é estudante de doutoramento em “Pós-Colonialismos e Cidadania Global”, no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É autora de vários livros de ficção.

 

Katia Kameli é artista visual e curadora. As visitas à Argélia durante a infância e o contacto com a família do pai marcaram-na profundamente. É diplomada pela Escola Nacional de Belas Artes de Bourges e tem uma pós-graduação “Le Collège-Invisible”, na Escola Superior de Artes de Marselha. O seu trabalho encontra visibilidade e reconhecimento na cena artística e cinematográfica internacional, bem como em exposições individuais e coletivas. Expressa-se de forma interdisciplinar através do desenho, fotografia, instalação e cinema. Em obras como Nouba (2000) Bledi a possible scenario (2004), Le Roman Algérien (2016), Stream of Stories (2016-2020) a artista explora conceitos como hibridismo e uma identidade construída entre lugares, a revisitação e reescritura, e o cruzamento entre passado colonial e presente pós-colonial. Vive e trabalha em Paris.

 

Jean-François Chougnet é Presidente do Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo (MUCEM) em Marselha. É licenciado pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris. Após os seus estudos na École Nationale d'Administration, foi nomeado para o Ministério da Cultura e, desde então, dedicou a sua carreira às políticas culturais. Foi diretor-geral do Parc et de la grande Halle de la Villette (Paris) de 2001 a 2006. De 2007 a 2011, foi diretor da Fundação Berardo, em Lisboa. Em 2011, tornou-se diretor-geral da Associação Marseille-Provence 2013, coordenando os eventos que promoveram a candidatura da cidade de Marselha a Capital Europeia da Cultura em 2013. Em 2014, foi nomeado Presidente do MUCEM, um museu dedicado à preservação, estudo, apresentação e mediação do património antropológico relacionado com a área europeia e mediterrânica.

 

Margarida Calafate Ribeiro é investigadora-coordenadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e responsável da Cátedra Eduardo Lourenço da Universidade de Bolonha/ Instituto Camões (com Roberto Vecchi). É doutorada pelo King´s College, Universidade de Londres. Coordena os projetos de investigação MEMOIRS - Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias do Conselho Europeu de Investigação e MAPS - Pós-memórias europeias uma cartografia pós-colonial (FCT). Das suas diversas publicações destaque-se: Uma história de regressos: Império, Guerra Colonial e pós-colonialismo (2004), e a co-organização de Geometrias da memória: Configurações pós-coloniais (2016), com António Sousa Ribeiro e Heranças pós-coloniais nas literaturas de língua portuguesa (2019) com Phillip Rothwell.

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Publicações
MEMOIRS

Da investigação resultaram a publicação de seis livros e um número alargado de artigos cientificos. Na Culturgest, no âmbito da apresentação dos resultados do estudo, serão apresentados alguns dos livros da coleção Memoirs.
A cena da pós-memória. O presente do passado na Europa pós-colonial (2021), António Sousa Ribeiro
A cena da pós-memória. O presente do passado na Europa pós-colonial (2021), António Sousa Ribeiro
Novo Mundo – Arte contemporânea no tempo da pós-memória (2021), António Pinto Ribeiro
Novo Mundo – Arte contemporânea no tempo da pós-memória (2021), António Pinto Ribeiro
Não dá para ficar parado. Música afro-portuguesa - celebração, conflito e esperança (2020), Vítor Belanciano
Não dá para ficar parado. Música afro-portuguesa - celebração, conflito e esperança (2020), Vítor Belanciano
Heranças Pós-Coloniais nas Literaturas de Língua Portuguesa (2019), Margarida Calafate Ribeiro e Phillip Rothwell
Heranças Pós-Coloniais nas Literaturas de Língua Portuguesa (2019), Margarida Calafate Ribeiro e Phillip Rothwell
Memória, Cidade e Literatura (2019), Margarida Calafate Ribeiro e Francisco Noa
Memória, Cidade e Literatura (2019), Margarida Calafate Ribeiro e Francisco Noa
Geometrias da Memória: configurações pós-coloniais (2016), António Sousa Ribeiro e Margarida Calafate Ribeiro
Geometrias da Memória: configurações pós-coloniais (2016), António Sousa Ribeiro e Margarida Calafate Ribeiro
FICHA TÉCNICA

IMAGENS
© Mauro Pinto, Sem título da série C’est pas facile (cortesia do artista)
© Amna Mahmoud (cortesia da artista)

CURADORIA
Projeto MEMOIRS — Filhos do Império e Pós-memórias Europeias (Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra)

MEMOIRS é financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC) no âmbito do Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação Horizonte 2020 da União Europeia (n.º 648624) e está sediado no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra. 

EDIÇÃO
Carolina Luz

REVISÃO CONTEÚDOS
Catarina Medina

DESIGN E WEBSITE
Studio Maria João Macedo & Queo