“Eu trabalhei no terreiro e trabalhei na lama. Na lama era acartar lama com a giga à cabeça para encher as bagunas, para vir aqui para baixo, para ir para o cabo. No terreiro era de joelhos, com um pano no chão, um martelinho na mão, uns óculos na testa, a partir o carvão.”
D. Florinda
"Enquanto ele estava a trabalhar eu estava parado e caía sempre alguma coisa de cima, resíduos da galeria (fundo da mina). E eu dizia: Oh senhor Agostinho isto qualquer dia vai cair. E ele dizia: Não vai nada, tu habituas-te a isto, vais-te habituando. Um belo dia, um fim de semana [passou], segunda-feira chegamos para trabalhar e aquilo tinha tudo arrasado.”
Sr. Serafim
“O meu avô era mineiro e a minha avó era britadeira. Eu não conheci o meu avô. Conheço o meu avô pelas histórias contadas. É como se eu conhecesse o meu avô sem nunca o ter visto da vida, porque as histórias são muito verdadeiras e muito faladas. Estamos a falar em família do passado dele e como ele era, que quase que o conhecemos de verdade."
Patrícia
FICHA TÉCNICA
FOTOGRAFIA
Renato Cruz Santos
SOM
Raquel Nunes
EDIÇÃO
Carolina Luz
REVISÃO CONTEÚDOS
Catarina Medina
DESIGN E WEBSITE
Studio Maria João Macedo & Queo