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Kader Attia

Kader Attia

As Raízes Também se Criam no Betão

Kader Attia

As Raízes Também se Criam no Betão

Curadoria: Delfim Sardo

Kader Attia (Paris, 1970) é um artista franco-argelino que tem vindo a dedicar-se à pesquisa sobre as relações de poder que continuam a afetar o mundo pós-colonial, refletindo sobre os processos de dominação que passam pelo espaço urbano e a forma como o corpo migrante é afetado e politizado. Utilizando filme documental, escultura, colagem e a construção de situações de instalação ambientalmente intensas, a sua obra dialoga com a memória da arquitetura moderna em África e a apropriação que esta faz da arquitetura local e vernacular, refletindo ainda sobre a persistência de processos de recalcamento na vivência das populações. Recorrendo a uma enorme multiplicidade de contributos, desde a antropologia, a etnologia, a psicanálise, a teoria política e a estética, Attia tem dado também atenção aos processos de reparação, seja sobre os mecanismos de reutilização de artefactos com origens contraditórias em relação à sua função ritual ou funcional, seja nos processos de reparação do corpo, identitária e politicamente reconfigurado.

Esta exposição foi originalmente organizada por Mac Val – Museu de Arte Contemporânea de Val-de-Marne.

© Parfum D’Exil, 2018. Adagp, Paris, 2018. Aurélien Mole.
© On n’emprisonne pas les idées, 2018. Culturgest. Vera Marmelo.
© Untitled (couscous), 2009. Sêmola de trigo duro, 15 x 350 x 350 cm (aprox.). Culturgest. Vera Marmelo.
© Casbah, 2018. Culturgest. Vera Marmelo.
© Casbah, 2018. Culturgest. Vera Marmelo.
Kader Attia: artista e ativista
Delfim Sardo apresenta a exposição de Kader Attia na Culturgest
© Aurélien Mole. Kader Attia "Parfum d'exil", 2018. Adagp, Paris, 2018 .

20 OUT 2018
– 13 JAN 2019

Galeria
4€
Entrada gratuita aos domingos

PROLONGADA ATÉ 13 JAN

Visitas aos sábados

10 NOV 16:00 com Delfim Sardo
3 NOV, 24 NOV, 8 DEZ 16:00 com Ana Gonçalves 

Visitas à hora de almoço

29 NOV 12:00 com Delfim Sardo
25 OUT, 8 NOV, 22 NOV, 13 DEZ 13:00 com Ana Gonçalves

Visitas guiadas

Mediante marcação:
Tel. 21 761 90 78
culturgest.participar@cgd.pt
 

25 Anos Culturgest

A Culturgest abre esta temporada no início de outubro, 25 anos depois da sua inauguração. Ao longo deste período, a Culturgest teve um papel significativo no desenvolvimento do tecido artístico que carateriza a cidade de Lisboa. Acompanhou o trabalho de encenadores e coreógrafos, produzindo novas criações e apresentando-as a um público crescente, encomendou obras a artistas visuais, organizando exposições individuais e coletivas, realizou concertos de música, do fado ao jazz, das músicas do mundo à música erudita, sempre com um olhar atento aos desenvolvimentos nacionais e internacionais. Ao longo dos anos, este programa artístico tem sido acompanhado por uma programação de conferências e debates e uma oferta diversificada de oficinas, visitas guiadas, encontros e espetáculos para escolas e famílias.

Para celebrar o seu 25.º aniversário, a Culturgest apresenta um programa com alguns dos nomes de maior destaque na criação e no pensamento contemporâneos. As festividades abrem com a estreia europeia do concerto Konoyo do músico canadiano Tim Hecker, acompanhado por um ensemble de música Gagaku do Japão, e continuam com o delicioso Bal Moderne, que regressa à Culturgest passados dez anos. Para um Mundo sem Fronteiras é o título da palestra que o pensador camaronês Achille Mbembe apresenta, numa das análises mais lúcidas e influentes do atual mundo pós-colonial e multicêntrico. As suas teses encontram ressonâncias no trabalho do artista plástico franco-argelino Kader Attia, que se apresenta na Culturgest com a sua primeira exposição individual em Portugal. Em simultâneo, apresenta-se o trabalho do artista venezuelano, residente em Lisboa, Juan Araujo. Um dos pontos altos do programa 25 anos Culturgest é, sem dúvida, a peça Os Seis Concertos Brandeburgueses, a maior coreografia de sempre de Anne Teresa De Keersmaeker, executada por dezoito bailarinos da companhia Rosas e pelo ensemble de música barroca B’Rock, que interpreta a obra-prima de J.S. Bach ao vivo. Para finalizar, dois projetos participativos: Coletivo de Curadores, um grupo de colaboradores da Caixa Geral de Depósitos vai conceber e montar uma exposição a partir da coleção de arte contemporânea da CGD, com a ajuda da curadora Filipa Oliveira; de seguida a Culturgest convida organizações, escolas e associações locais para criar e manter 25 espaços verdes na zona envolvente do edifício-sede da CGD.

Com o apoio do Ministério Federal das Relações Externas e do Goethe-Institut Portugal

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