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EDUCAÇÃO: PARA QUE MUNDOS?
EDUCAÇÃO: PARA QUE MUNDOS?
A emergência pandémica que atravessámos colocou a escola perante uma situação limite onde, tecnologicamente ligados mas potencialmente isolados, a comunidade educativa e familiar sentiu a dificuldade de uma educação onde as relações são mediadas por um ecrã. Já que educar não é só obedecer a métricas ou transmitir matérias, esta vivência exige, a todos nós, uma reflexão cuidada sobre a educação enquanto processo fundamental para a tessitura das sociedades humanas.
É a partir desta compreensão que se dará este encontro entre o escritor e jurista Álvaro Laborinho Lúcio, a professora e coordenadora da Escola Básica do Castelo Ariana Furtado e a investigadora Gabriela Trevisan.
Entre outros tópicos, falaremos sobre cidadania, colaboração entre processos formais e informais de educação, inclusão e alteridade, mas também sobre emoções, corpos e empatia. Porque a educação é sempre um ato de conexão, de partilha, de gestação de mundos em comum.
22 SET 2021
QUA 18:30
Duração 2h
Entrada gratuita*
*com levantamento de bilhete 30 min. antes do início da sessão (sujeito à lotação da sala)
Biografias
Álvaro Laborinho Lúcio (Nazaré, 1941)
É juiz conselheiro jubilado do Supremo Tribunal de Justiça; doutor honoris causa em Ciências da Educação pela Universidade do Minho; membro eleito da Academia Internacional da Cultura Portuguesa. Licenciado em Direito e mestre em Ciências Jurídico-Civilísticas pela Faculdade Direito da Universidade de Coimbra, foi sucessivamente delegado do procurador da República; procurador da República; inspetor do Ministério Público; procurador-geral adjunto; diretor da Escola de Polícia Judiciária; diretor do Centro de Estudos Judiciários; secretário de estado da Administração Judiciária; ministro da Justiça; deputado da Assembleia da República; presidente da Assembleia Municipal da Nazaré; docente de Direito Penal na Faculdade de Direito da Universidade Autónoma de Lisboa; ministro da República para a Região Autónoma dos Açores; vogal do Conselho Superior da Magistratura; presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho. É membro fundador da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, da Associação Portuguesa de Direito Europeu, da Associação de Criminólogos de Língua Francesa, da Associação Portuguesa para o Direito dos Menores e da Família, da Associação dos Juristas de Língua Portuguesa, sendo presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, membro do Conselho de Curadores da Fundação Liga, membro do Conselho de Curadores da Fundação Bissaya Barreto. Tem vários artigos publicados nas áreas de formação de magistrados, organização judiciária, aplicação do direito, psicologia forense, direito e processo penal, direito judiciário, cidadania e direito, cidadania e educação, sistemas de justiça, direito e genética, direito de ingerência, direito tutelar educativo, direitos das crianças, entre outros. É autor das obras Do Fundamento e da Dispensa da Colação, A Justiça e os Justos, Palácio da Justiça, Educação, Arte e Cidadania, O Julgamento – Uma Narrativa Crítica da Justiça, Levante-se o Véu (em coautoria), bem como dos romances O Chamador, O Homem Que Escrevia Azulejos e O Beco da Liberdade Foi-lhe atribuída, em 2016, pelo Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados, a Medalha de Reconhecimento e, em 2017, pela pró-inclusão, a Medalha de Mérito. É sócio honorário de várias associações. Foi agraciado por Sua Majestade, o rei de Espanha, com a Grã-Cruz da Ordem de D. Raimundo de Peñaforte, e por Sua Excelência o Presidente da República Portuguesa, com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo.
Ariana Furtado
É professora do primeiro ciclo e coordenadora da Escola Básica do Castelo em Lisboa. Licenciada pela Escola Superior de Educação de Lisboa e pela Universidade de Rennes II (França) Foi professora durante seis anos no ensino recorrente - alfabetização de adultos. Co-autora do projecto "Com a mala na mão contra a discriminação", Prémio Municipal dos Direitos Humanos na Criança e no Jovem da cidade de Lisboa 2018-2019"
Membro da DJASS - associação de afrodescendentes e da FEMAFRO - associação de mulheres negras, africanas e afrodescendentes.
Gabriela de Pina Trevisan
É licenciada em Sociologia das Organizações, pela Universidade do Minho. Trabalhou como animadora sócio-cultural na Fundação para o Desenvolvimento do Vale de Campanhã, Porto (1998-2001). Foi Professora Adjunta na Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti (2001-2019). É mestre em Sociologia da Infância (Instituto de Estudos da Criança, Universidade do Minho) e Doutorada em Estudos da Criança, especialidade Sociologia da Infância, no âmbito da cidadania e participação infantil. Participa em diferentes redes profissionais da área da sociologia da Infância e é co-coordenadora da Secção Temática Sociologia da Infância, da Associação Portuguesa de Sociologia, desde dezembro de 2018. É, atualmente, investigadora do ProChild CoLAB, em Guimarães. As áreas de investigação incluem a sociologia da Infância, os direitos das crianças, as políticas públicas para a infância, a intervenção comunitária, o trabalho socioeducativo com crianças e jovens e famílias.