Concebida no âmbito da celebração do trigésimo aniversário da Culturgest, a exposição Fantasma Gaiata propõe duas abordagens distintas à coleção de arte contemporânea da Caixa Geral de Depósitos. Como dois hemisférios de um mesmo cérebro, cada uma das abordagens especializou-se em dadas funções e competências. Fantasma dedica-se a uma das grandes ambições da escultura: a de erigir corpos que significam e que perduram, que desafiam o tempo, a morte e o esquecimento. Se o corpo do artista é permanentemente invocado como autor, manufator, espelho ou espectro, o do visitante é convocado como medida, veículo, testemunha – o lugar de todos os sentidos. Por seu lado, Gaiata é um campo de jogos, o recreio das almas. Por ela perpassam conversas, alianças e desafios. Grupos de obras reúnem-se em torno de interesses comuns. Outros provocam-se e reagem entre si, totalmente investidos no jogo, mas alheios aos resultados.