Este evento já decorreu.
Joana Guerra
Joana Guerra
Após três discos de originais em nome próprio, Joana Guerra saiu da grande cidade e deixou que o chão crescesse sob os seus pés intrometendo-se na sua vida e na sua criação. Para trás, ficou Gralha, a casa de partida em 2013, onde enfrentou a sua música e letras em modo solitário. Nos anos seguintes, foi abrindo os arranjos a outros instrumentos, enquanto se ia envolvendo numa riquíssima experiência pela cena experimental de Lisboa e em inúmeras encomendas para teatro, dança e performance. Assim sendo, não foi surpresa sentirmos a forte ideia coletiva de Chão Vermelho, no qual o violino de Maria do Mar e as percussões do Carlos Godinho formam, com a voz e violoncelo de Joana Guerra, um corpo tentacular do qual brotam canções como milagres da natureza em terra fustigada. Nas imagens do seu disco, editado na berlinense Miasmah Recordings, as fotos de André Cepeda mostram o novo cenário de Joana Guerra, onde a argila deixa cicatrizes profundas, mas também extrai a matéria-prima da criação. É nesse contexto, aparentemente inóspito e sagrado, que Joana Guerra cultiva esta música que regenera.
voz, violoncelo
Joana Guerra
violino
Maria do Mar
PERCUSSÃO
Carlos Godinho
DESENHO DE LUZ E OPERAÇÃO
Catarina Côdea
operação de som
Bernardo Barata e Manuel Pinheiro
cenografia
Miguel Domingues