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> Regeneração

Alexandra Marques, António Jacinto, Lino Ferreira, Mário Barbosa, Joaquim Sampaio Cabral

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Alexandra Marques, António Jacinto, Lino Ferreira, Mário Barbosa, Joaquim Sampaio Cabral

Conferências em live streaming, para assistir no Facebook e YouTube.


De acordo com projeções, a população com mais de 80 anos representará cerca de 20% da população mundial em 2050. O aumento das populações envelhecidas resulta, em parte, do sucesso das políticas de saúde pública e das tecnologias médicas desenvolvidas nas últimas décadas.

A Medicina Regenerativa ganha cada vez mais terreno: proliferam os estudos sobre o processo de envelhecimento e as formas de o desacelerar, novos progressos têm sido feitos para tratar doenças crónicas e já é possível reestabelecer um determinado tecido ou até mesmo um órgão. 

Alexandra Marques, António Jacinto, Lino Ferreira e Mário Barbosa partilham as suas perspetivas sobre a medicina regenerativa e o seu papel fulcral no aumento da longevidade. Joaquim Sampaio Cabral explica a medicina regenerativa e a sua importância a partir de uma perspetiva molecular e celular.

14:00 REGENERAÇÃO

Alexandra Marques é uma das fundadoras do grupo de investigação 3B’s da Universidade do Minho. António Jacinto é investigador do Centro de Estudos de Doenças Crónicas (CEDOC) e subdiretor para a Investigação da NOVA Medical School da Universidade NOVA de Lisboa, onde é também docente na área de Medicina Celular e Molecular. Lino Ferreira é investigador coordenador na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Mário Barbosa é professor catedrático no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e anterior diretor do I3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto.

16:30 O PAPEL DA MEDICINA REGENERATIVA NA LONGEVIDADE

Joaquim Sampaio Cabral é professor catedrático, diretor e fundador do Instituto de Bioengenharia e Biociências do Instituto Superior Técnico.

Como é que se fica tão velho tão depressa?
LIVE STREAMING Regeneração [Original - sem tradução]
© Vera Marmelo / Design: Studio Maria João Macedo.

23 JUN 2020
TER 14:00, 16:30

Em português com tradução simultânea para inglês

Em Língua Gestual Portuguesa

Sinopses e Biografias Longevidade: Regeneração

Alexandra Marques, António Jacinto, Lino Ferreira, Mário Barbosa

23 JUN, 14:30

 

Alexandra P. Marques

A Medicina Regenerativa tem como principal objetivo restabelecer ou melhorar a função de um determinado tecido ou órgão. Apesar dos sucessos clínicos com diferentes terapias, há ainda algumas cuja eficácia não é ainda a desejada e que, aliada à escassez de tecidos e órgãos para transplante, têm estimulado novos desenvolvimentos nesta área. Estes aspetos serão discutidos no contexto do tratamento de feridas de pele, nomeadamente de feridas crónicas como aquelas associadas à Diabetes, ou de queimaduras. Embora importantes na cicatrização de determinados tipos de ferida as terapias atuais falham, na maioria dos casos, no restabelecimento total das funções da pele uma vez que o tecido novo que é formado é diferente em termos de organização e composição (morfologia), e função (fisiologia), não tendo por exemplo qualquer um dos apêndices como os pelos, as terminações nervosas ou as glândulas sudoríparas, todos eles com funções primordiais na pele humana.

Alexandra P. Marques é doutorada em Ciência e Tecnologia de Materiais – Biomateriais pela Universidade do Minho e em colaboração com a Universidade de Liverpool, e licenciada em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. É uma das fundadoras do grupo de investigação 3B’s da Universidade do Minho, atualmente uma das unidades de investigação do Instituto de Investigação 3B’s criado recentemente e do qual é Vice-Presidente. É também membro da direção do laboratório associado ICVS/3B’s e do programa doutoral Advanced Therapies for Health da Universidade do Minho. É editora associada da revista científica Journal of Tissue Engineering and Regenerative Medicine e membro do conselho da European Wound Management Association. Tem como áreas de especialização a engenharia de tecidos de pele com particular enfoque em células estaminais, hidrogéis, matriz extracelular, vascularização/angiogénese e modelos in vitro 3D. Em 2016 ganhou uma bolsa de consolidação de carreira do prestigiante Conselho Europeu de Investigação com um projeto que visa produzir modelos de pele 3D que recriem com precisão a estrutura e a sua organização complexa, assim como a função deste tecido.

 

António Jacinto
Viver mais e melhor: o papel da medicina regenerativa

 

Alguns vertebrados como peixes e anfíbios têm uma capacidade de regeneração muito superior aos humanos. O que é que podemos aprender com estes animais para vivermos mais e melhor? Os tecidos e órgãos com muita capacidade regenerativa têm habitualmente duas características extraordinárias. Por um lado, têm a capacidade de manter, recrutar ou dar origem a células estaminais que quando necessário se multiplicam e reconstroem os tecidos danificados, e por outro lado, têm mecanismos de eliminação de células senescentes, células essas que se acumulam com a idade e que podem causar danos persistentes aos tecidos circundantes. António Jacinto, investigador do Centro de Estudos de Doenças Crónicas da NOVA Medical School, Universidade NOVA de Lisboa, explica como a compreensão dos mecanismos naturais de regeneração poderá levar a novas intervenções terapêuticas que potenciem da capacidade regenerativa das pessoas e possam reverter aspetos negativos das doenças e do envelhecimento.

António Jacinto é investigador do Centro de Estudos de Doenças Crónicas (CEDOC) e sub-diretor para a Investigação da NOVA Medical School da Universidade NOVA de Lisboa, onde é também docente na área de Medicina Celular e Molecular. O seu grupo de investigação estuda a regeneração de órgãos e tecidos, uma temática científica onde tem publicado artigos de elevado impacto e obtido financiamentos internacionais competitivos. É licenciado em Bioquímica (1993) pela Universidade de Lisboa e fez o doutoramento na Universidade de Londres na área de Genética e Biologia do Desenvolvimento (1999), no âmbito do Programa Gulbenkian de doutoramento em Medicina e Biologia. Após um pós-doutoramento na University College London (Reino Unido), começou, em 2002, a liderar um grupo de investigação no Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras. Mudou-se, em 2004, para o Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, onde desenvolveu até 2011 várias linhas de investigação. Participa ativamente na comunidade científica como membro de concelhos científicos e avaliador de projetos de investigação e artigos científicos.

 

Lino Ferreira


O envelhecimento da população resulta em parte do sucesso da política de saúde pública e de tecnologia médica desenvolvida nas últimas décadas. A população com mais de 80 anos representará, de acordo com projeções, cerca de 20% da população mundial em 2050. Nesta palestra, Lino Ferreira tentará dar resposta às seguintes questões: Como podemos estudar o processo de envelhecimento? Como podemos desacelerar o processo de envelhecimento? Qual o papel da medicina regenerativa durante o envelhecimento?

Lino Ferreira é licenciado em Bioquímica e doutorado em Biotecnologia pela Universidade de Coimbra. Realizou trabalho de pós-doutoramento no Massachusetts Institute of Technology (MIT). É atualmente investigador coordenador na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e era chair na área do envelhecimento na Universidade de Coimbra. Os seus interesses de investigação estão nas áreas do envelhecimento e medicina regenerativa. A sua equipa de investigação será a primeira a integrar o instituto em envelhecimento a ser criado em Coimbra até 2022.

 

Mário Barbosa
Em busca do tempo perdido


Vivemos mais anos, mas queixamo-nos que nos falta tempo. Temos mais máquinas que nos libertam de tarefas pesadas e penosas, mas incorporamos no quotidiano novos hábitos e dependências. Sabemos das limitações das tecnologias, mas não as aceitamos quando elas falham. Temos noção da escassez de recursos naturais, mas não colocamos limites sérios à sua exploração. Falamos em longevidade e ocorre-nos a ideia de imortalidade do corpo. Não nos bastando envelhecer melhor, procuramos terapias de rejuvenescimento. A ciência e a ficção científica misturam-se em expectativas criadas em escalas comprimidas do tempo. Precisamos dele para sermos o que não fomos ainda ou recuperar o que deixamos de ser. A medicina regenerativa é uma coisa simples: uma cura para o tempo.

Mário Adolfo Barbosa é professor catedrático no ICBAS – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto. De 2015 a 2019, foi diretor do i3S — Instituto de Investigação e Inovação em Saúde. É diretor do programa de doutoramento em Biotecnologia Molecular e Celular Aplicada às Ciências da Saúde (BiotechHealth), que envolve o ICBAS a FFUP, o i3S e o Requimte. É ainda membro da comissão científica do mestrado integrado em Bioengenharia da Universidade do Porto, que envolve o ICBAS e a FEUP, tendo sido um dos dinamizadores da sua criação e o seu primeiro diretor. Foi diretor do INEB e um dos investigadores envolvidos na sua criação, em 1989. É secretário da União Internacional das Sociedades de Biomateriais. A sua área de investigação é a dos biomateriais e da regeneração de tecidos, sendo coordenador do grupo de investigação Microenvironments for New Therapies, do i3S.

Sinopse e Biografia Longevidade: O papel da medicina regenerativa na longevidade

Joaquim Sampaio Cabral

23 JUN, 16:00

Nesta conferência, Joaquim Sampaio Cabral abordará a temática da Medicina Regenerativa e o seu papel na longevidade humana. As teorias de envelhecimento e regeneração são discutidas do ponto de vista molecular e celular, fazendo a comparação da regeneração entre espécies, desde protozoários primitivos (Tetrahymena) e espécies multicelulares (Hydra e Planária) com potencial regenerativo e imortalidade replicativa sem envelhecimento, até aos vertebrados em que a repressão da imortalidade é observada desde o desenvolvimento embrionário. Estes seres passam por um processo de declínio da função de tecidos e órgãos com a idade, ligado à perda do número e atividade de células estaminais. Observaremos ainda para o papel das células estaminais e dos genes anti envelhecimento na longevidade, o seu impacto no tratamento de doenças e na duração do tempo de vida. Por fim, é abordada a criação de órgãos para transplante, através da regeneração da funcionalidade de tecidos), órgãos bio-artificiais e a criação de órgãos através da técnica de 3D-Biopriting.

 

Joaquim Sampaio Cabral é licenciado (Engenharia Química), doutorado e agregado (Engenharia Bioquímica) pelo Instituto Superior Técnico e foi post-doctoral fellow do Massachusetts Institute of Technology(1983-84). É professor catedrático, desde 1992, e professor distinto do IST (2015). Autor de mais de 580 publicações científicas internacionais nas áreas de Biotecnologia e Engenharia de Células Estaminais e Medicina Regenerativa. Os seus interesses científicos focam-se na cultura e diferenciação de células estaminais humanas em células adultas e tecidos, para aplicação em Medicina Regenerativa. É o diretor e fundador do Instituto de Bioengenharia e Biociências e foi o presidente fundador (2011-2018) do departamento de Bioengenharia do IST. É membro fundador (2013) da European Society of Biochemical Engineering Science, honorary member da European Federation of Biotechnology Section on Applied Biocatalysis (2005) e membro correspondente da Academia de Ciências de Lisboa. Pertence a corpos editoriais de várias revistas científicas internacionais, membro de painéis de avaliação internacionais e membro, desde 2014, do Amgen Bioprocessing Center Advisory Board na Keck Graduate Institute, School of Applied Life Sciences (Califórnia, Estados Unidos da América).

Integrado na Bienal BoCA

Fidelidade

Parcerias Media

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PARCERIA

Fidelidade – Companhia de Seguros

PARCERIA CIENTÍFICA

Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa (IST), Nova SBE Health Economics and Management KC

CONSULTORES CIENTÍFICOS

Arlindo Oliveira (IST), Joaquim Sampaio Cabral (IST), Pedro Pita Barros (Universidade Nova de Lisboa)

CURADORIA

Liliana Coutinho, Joaquim Sampaio Cabral, Pedro Pita Barros

PARCERIA MEDIA

SIC Notícias, Público, Antena 1, Jornal de Negócios 

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