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Michael Snow

Michael Snow

O Som da Neve

Michael Snow

O Som da Neve

Como parte integrante da exposição O Som da Neve, de Michael Snow, patente na Galeria 1, apresentam-se alguns filmes do artista, obras importantes no seu percurso e marcos fundamentais do cinema experimental: desde a pedra de toque que é Wavelength, a movimentação de câmara de Back and Forth, passando pelo enorme ensaio cinematográfico que é Rameau's Nephew… é toda a relação do cinema com a criação artística contemporânea que é reequacionada.

Back and Forth, 1968-69 (pormenor).

08 ABR 2018
DOM 16:00

10 ABR 2018
TER 18:30

Pequeno Auditório e Live streaming
4€
M/12

DOM 8 ABR 16:00

Wavelength, 1967, 16mm, cor, som, 42'
Back and Forth, 1968-69, 16mm, cor, som, 52'

TER 10 ABR 18:30

Rameau's Nephew, 1974, 16mm, cor, som, 4h30 com intervalo

Sobre os Filmes

Wavelength, 1967

O mais relevante filme de 1968… Um filme muito belo e importante.
Jonas Mekas, Village Voice

Wavelength não tem precedentes na pureza do seu confronto com a essência do cinema: as relações entre ilusão e facto, espaço e tempo, sujeito e objeto. É o primeiro filme pós-Warhol e pós-minimal; um dos poucos filmes que abraçam a ordem conceptual que ocupam a escultura e pintura modernas. Foi certeiramente descrito como o "triunfo do cinema contemplativo".
Gene Youngblood, L.A. Free Press, 1968

Wavelength, de Michael Snow, 45 minutos puros e duros que se tornarão noThe Birth of a Nation do cinema underground, é um documento enxuto de uma sala na qual uma meia-dúzia de negócios existiram e foram à bancarrota. Apesar de toda a sua sofisticação (e é poderoso pelas invenções espaço-temporal-sonora), é uma singularmente direta, descomplicada e radicalmente realista forma de filmar 3 paredes, um teto e um chão. É provavelmente o mais rigorosamente composto filme da atualidade.
Manny Farber, Art Forum

Um filme delicioso, cheio de humor e afirmativo, mas também um filme estranho: um filme-texto, uma silenciosa conversa a cores e a preto e branco, um documento autorreflexivo e uma construção ficcional, um não-filme que subverte as implicações de títulos como The Language of Cinema eHow to Read a Film... por um cineasta de génio subtil.
Michael Ethan Brodzky, Arts Canada, 1982

Back and Forth, 1968-69

Back and Forth não só expandiu as possibilidades da moldura cinemática como postulada em Wavelength, como de facto expandiu os parâmetros da narrativa fílmica tal como a conhecíamos e expandiu-a mesmo para lá de Godard em filmes como Weekend. Em Back and Forth Snow foi capaz de fundir completamente forma e conteúdo, sem no entanto abolir os elementos tradicionais de caracterização e representação.
Gene Youngblood, L.A. Free Press

Rameau's Nephew by Diderot (Thanx to Dennis Young) by Wilma Schoen, 1974

Argumento e realização de Michael Snow. Inicialmente filmado em Toronto e Nova Iorque pelo próprio, Keith Lock, Babette Mangolte, David York e outros.

Comecei a fazer o script deste filme em fevereiro de 1972 e continuei a escrever, filmar, misturar e editar até setembro de 1974. Algumas ideias nele presentes datam de 1966, quando reconheci em mim a ambição de fazer um verdadeiro Filme Falado, ou seja, fiel à sua descrição, chega ao seu conteúdo a partir das simultaneidades entre discurso gravado e imagem; é construído a partir das verdadeiras unidades de um filme falado – a sílaba e o frame. Todas as possíveis relações imagem/som centradas em pessoas e discurso geram as relações filme/audiência: um vasto espectro de possibilidades emocionais, a experiência de ver/ouvir este filme. "Discurso", "Linguagem", "Cultura" – a sua fonte, a sua natureza, provam (?) que, neste caso, uma palavra vale 1000 imagens.
Michael Snow

Até Rameau's Nephew... ninguém exibiu um filme que lidasse tão determinantemente com o espectro de problemas percetivos levantados pelo cinema sonoro.
M. Keller, Chicago Film Centre

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