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O chão é lava!
O chão é lava!
Curadoria: Catarina Laranjeiro e Daniel Barroca
Denso e complicado, este Território (#6) está cheio de armadilhas e contradições. Estende-se entre a Guiné-Bissau do filme Fogo no Lodo e a linha de Sintra. O Chão é Lava! foi o título sugerido por Sara Santos para esta exposição em que a artista apresenta edifícios icónicos do Cacém a fazer esquina com um mapa-manta onde tem vindo a inscrever uma geopolítica subjetiva da Europa. Num outro núcleo, a Europa finge-se África. Realizadores amadores, como João Pereira (Tikai) e Nelca Lopez, imaginam-se nos seus países de origem a partir dos subúrbios de Lisboa. Em paralelo, a temporalidade da Guerra na Guiné-Bissau, através do olhar de José Estima, ex-soldado português, dialoga com imagens do movimento messiânico Kyangyang, da autoria de Ramon Sarró e Marina Temudo trabalhadas por Ana Temudo. Entretanto, uma publicação pensada com Uma Certa Falta de Coerência e, finalmente (mas só temporariamente), uma nova sala de cinema em Lisboa programada por Inês Sapeta Dias, Maria do Carmo Piçarra e Rui Lopes.
27 MAI
– 30 AGO 2024
Entrada gratuita
INAUGURAÇÃO
24 MAI 22:00-24:00
HORÁRIO
SEG-SEX 11:00–19:00
Biografias Catarina Laranjeiro e Daniel Barroca
Catarina Laranjeiro
Catarina Laranjeiro (Guimarães, 1983) é investigadora no Instituto de História Contemporânea (IHC-NOVA/FCSH), onde desenvolve um projeto sobre cinema vernacular em Cabo Verde, Guiné-Bissau e respetivas diásporas na Europa. Realizou o filme Pabia di Aos (2013), e co-realizou Enxertia (2020; com Marta Leite) e Fogo no Lodo (2023; com Daniel Barroca). No campo da performance, colabora com Tânia Dinis com quem co-criou Álbuns de Guerra (2021) e se encontra a co-desenvolver Traçadas (2025).
Daniel Barroca
O trabalho de Daniel Barroca (1976) cruza a arte e a etnografia. Desenvolve uma pesquisa de doutoramento no DANT.Ulisboa sobre guerra e imagem. Estudou artes plásticas na ESAD.CR (Caldas da Rainha), no Ar.Co (Lisboa) e no Ashkal Alwan (Beirute). Foi artista residente na Künstlerhaus Bethanien (Berlim), Rijksakademie van Beeldende Kunsten (Amesterdão) e no Drawing Center (Nova Iorque). Co-realizou com Catarina Laranjeiro o filme Fogo no Lodo (2023).